Com a odontologia estética em alta, mas ainda pouco acessível, é natural que o clareamento dental caseiro, por exemplo, esteja literalmente na boca de muitas pessoas. De cremes e pastas de dentes específicos ao bicarbonato de sódio e carvão ativado, diversas marcas prometem viabilizar o “sorriso perfeito” por um preço bem mais baixo e sem necessidade de ir até o consultório odontológico. Será?
Gilmar da Silva, dentista, alerta que a boa parte desses métodos não envolve substâncias químicas, e sim uma ação mecânica semelhante a dos esfoliantes usados na pele. “O problema é que o excesso de abrasividade pode remover também tecido dental e isso jamais é reparado. Com isso, a pessoa será obrigada a usar continuamente produtos para sensibilidade e recorrer a aplicações de flúor e até restaurações para remineralizar e proteger os dentes mais prejudicados”, diz. As gengivas, vale destacar, também ficam expostas a ferimentos e retração, o que, entre outras consequências, piora quadros de sensibilidade.
Outro ponto é a falta de orientação profissional. “Sem acompanhamento, a pessoa pode manchar os dentes, além de provavelmente não obter o tom mais adequado, já que ainda há a possibilidade de escolher fórmulas com alta ou baixa concentração de ativos. Ou seja, que clareiam demais ou não fazem diferença significativa nesse sentido”, completa o especialista.
No consultório, o(a) paciente também recebe as orientações necessárias com relação a cuidados e manutenção, o que favorece o resultado do procedimento em curto, médio e longo prazo. “Mudanças na alimentação são uma das medidas necessárias. O consumo excessivo de café e alimentos ácidos, por exemplo, são contraindicados”, conclui Gilmar.
FONTE/MÍDIA: https://br.vida-estilo.yahoo.com/clareamento-dental-caseiro-os-riscos-de-carvao-ativado-bicarbonato-de-sodio-e-afins-185859371.html?guccounter=1
